"Por onde a gente anda quando dorme
pra acordar com essa cara disforme
de quem fez o que não devia?
E este gosto na garganta
é o resto de que janta
de que secreta ambrosiana
de que gim ou malvasia?
E se só estivemos no leito
por que acordar deste jeito
com esse olhar de pouco assunto?
Prá onde vai meu ser noturno
prá me deixar assim soturno
e por que não me leva junto?"
Luís Fernando Veríssimo
Revista Veja: 11/01/89
Pg. 19; Editora Abril.
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